Olho para trás e tento encaixar certas coisas no hoje.
Sem surpresa.
O ser humano funciona por analogia, deve ser este o ciclo
que estamos presos.
Consigo ver.
A realidade é que o tempo é cruel de mais.
Além disto, ele se recicla.
É como se você fosse obrigado a vivenciar a mesma
situação, num looping em que os
atores mudam.
E você é a peça sem substituto.
Eu não quero provar nada de novo.
Só quero o suco do fruto que sei que gosto.
Eu sei o gosto, e o depois do gosto.
Não quero a cópia da cópia da cópia.
(Engraçado escrever e pensar “eu já escrevi isso”, mesmo
que com outras palavras).
Eu quero aqueles olhos me julgando.
Aquele corpo brilhando.
Aquele corpo quente sob minhas mãos.
Aquilo, que não vou ter mais.
Apenas imitações genéricas.
O amor não existe, é aquela mentira que foi dita vezes demais.
Qual é o substituto?
Para a dor que gosto de sentir.
O amor não existe, é só uma cópia da síndrome de Estocolmo.